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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

ENTRE FRALDAS E LETRAS

O PERFIL DO ATENDIMENTO DADO A CRIANÇAS DE DOIS A TRÊS ANOS 


A educação infantil é a primeira fase escolar da criança e é nela que estão presentes momentos relevantes para a vida futura, as escolas de educação infantil possuem atualmente duas atribuições complementares e indissociáveis: cuidar e educar, complementando os cuidados e a educação da família ou no círculo dela, procurando romper desta maneira, com o modelo assistencialista, as propostas espontaneístas e compensatórias no que se refere ao lidar com as crianças de zero a seis anos.
A Educação Infantil tem sido encarada de diversas formas: como função de assistência social, como função sanitária ou higiênica e, mais recentemente, como função pedagógica. Isto se deve ao aceleramento da produção industrial no início do século XX, o qual mudou severamente o cenário da estrutura familiar tradicional, pois as mulheres da classe trabalhadora começaram a sair de seus lares para trabalharem nas fábricas implantadas na época, pois a demanda de trabalho era muita e os homens estavam na lavoura.
No debate sobre o cuidar e ou educar crianças nasce à necessidade de estabelecer um currículo para a educação infantil. Entretanto, currículo é identidade e, portanto, é preciso delinear o espaço que queremos garantir na construção da história da educação infantil.
As crianças pequenas ainda estão descobrindo o mundo, tudo é novo e, deve ser trabalhado e aprendido, não são independentes e autônomas para os próprios cuidados pessoais, precisam ser ajudadas e orientadas a construir hábitos e atitudes corretas, estimuladas na fala e aprimoradas em seu vocabulário. “Toda relação estabelecida com a criança [...] é educativa. É educativa também a relação assistencial, de atendimento as necessidades imediatas de higiene, alimentação, saúde, proteção e aconchego” (REDIN, 1998, p. 49).
O papel do profissional da educação infantil jamais será o de substituto da mãe ou de “tia”, como muitos pensam. É preciso profissionalizar o trabalho educativo para educação infantil para que se rompa definitivamente com a idéia de que quanto menor a criança a ser educada, menor o prestígio profissional de seu educador e menos exigente o padrão de sua formação prévia.
Corroborando com esta afirmativa, a Coordenação de Educação Infantil (COEDI) do MEC, em 1993, apresenta um documento que lança as novas diretrizes políticas para a educação infantil. Entre elas, a que afirma a necessidade de construir a profissionalização dos trabalhadores de educação infantil, recomendando que o adulto que atua na creche e na pré-escola “devem ser reconhecido como profissional e a ele devem ser garantidas condições de trabalho, plano de carreira, salário e formação continuada condizentes com o papel que exerce” (BARRETO, 1994, p.12).
A construção de uma pedagogia para a infância tem como um de seus maiores desafios à elaboração de uma proposta pedagógica que abarque fatores sociais e culturais da realidade vivenciada pela criança e pela instituição, sem desconsiderar o importante papel do educar e cuidar no cotidiano das instituições de educação infantil.


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